quarta-feira, outubro 31, 2007

Coletiva Slater

Kelly Slater denuncia matança de baleias no Japão. Foto: Beda Batista/2B Surf


Logo após o encerramento da coletiva com os aussies Mick Fanning e Taj Burrow o octacampeão mundial Kelly Slater chegou. Atrasado e visivelmente abalado Slater deu início à coletiva de imprensa do Hang Loose Santa Catarina PRO, realizada nesta terça-feira, no Imbituba Praia Hotel.

Após duas semanas de treinamento em Rincón, na Califórnia (EUA), Kelly Slater desembarcou no Brasil para garantir que a disputa do título mundial seja levada para as ondas de Pipeline, no Hawaii.

Segundo Slater “se eu não tivesse chances de disputar o título, certamente, estaria no Japão para participar de um protesto contra a caça às baleias, junto com o Dave Rastovich e mais alguns amigos. É incrível como o governo japonês tenta abafar o caso. Precisamos propagar a notícia para combater isso. Gostaria, inclusive, do apoio da mídia para noticiar a barbárie que vêm acontecendo no Japão."

Pedindo desculpas pelo atraso, Slater informou que este foi motivado pela carnificina japonesa. "Fiquei até as 4 horas da manhã conversando com o Dave e acabei dormindo até tarde, por isso cheguei atrasado à coletiva. Antes de vir pra cá, estive na praia e fiquei maravilhado ao observar um grupo de baleias no outside. Na mesma hora, o Rasta (Dave Rastovich) me ligou contando que haviam trucidado 20 baleias lá no Japão, e que embora os amigos tivessem tentado salvar os animais, foram recebidos pelos pescadores com pedradas e pauladas", lamenta o norte-americano.

Questionado sobre uma possível vitória do líder do ranking, Mick Fanning, Slater afirmou: “Bom, acho que seria uma grande pena o Mick perder o título depois de uma temporada tão boa. Ele é o mais focado de todos e merece ser campeão.”

Slater disse ainda que caso não vença o tour desse ano pode desistir do circuito e buscar ter uma vida mais tranqüila sem os holofotes da mídia e o assédio das pessoas. “Ainda não sei o que vou fazer. Tenho vários projetos, como gravar um filme sobre tubos com o Shaun Tomson, construir uma casa, fazer coisas normais.” E concluiu “um dia desses minha filha disse que não gostaria que eu fosse famoso, pois não tenho tempo para nada e nem posso sair na rua.”

Perguntado pela reportagem do 2B Surf se a vitória em 2003 na etapa brasileira e a conquista do seu sétimo título mundial, em 2005, na Praia da Vila, diante de um público que o adorava, de alguma maneira o faziam gostar mais do Brasil, Kelly Slater foi enfático. “Certamente. Inclusive quando cheguei agora na Praia da Vila e olhei para o canto da praia me lembrei dos momentos maravilhosos que vivi aqui na conquista do título e são lembranças que estão gravadas na minha memória e fazem parte da minha vida”, disparou Slater.

Beda Batista
2B Surf

2 comentários:

Anônimo disse...

Daí Beda, tuas matérias estão ótimas, cara! Direto da fonte, textos exclusivos, nota 10, parabéns!
E a exposição que tu tinhas comentado, vai rolar?
Abraço,
Gustavo
P.S - O nome correto do sul-africano é Shaun Tomson.

Beda Batista disse...

Valeu Gustavo, obrigado pelos elogios e pela correção.
A exposição, infelizmente, não vai rolar, por alguns motivos alheios à minha vontade. Mas estou trabalhando para realizar na próxima edição do evento.

Grande abraço,

Beda.