sexta-feira, maio 30, 2008

ASI realiza workshop

Icaro Cavalheiro ministra workshop em Imbituba, na 2ª etapa do Circuito Imbitubense. Foto: Site Inema.

A Associação de Surf de Imbituba realiza neste final de semana, dias 31 e primeiro de junho, a segunda etapa do Circuito Imbitubense de Surf Pro/Am 2008 na Praia da Vila. O circuito que recebe atletas de toda a região sul, além de surfistas de outros estados, contará com a ilustre presença do árbitro de surf do WCT - World Championship Tour, Icaro Cavalheiro, o qual vem agregar ainda mais valor ao circuito, atuando como Head Judge.
Icaro que há sete anos faz parte do quadro de árbitros da ASP (Associação de Surf Profissional) sendo um dos maiores nomes do julgamento de eventos do WCT e WQS está de férias das competições internacionais, aproveitando este período para repassar um pouco de sua experiência aos novos juízes locais e às associações de surf.
Na ocasião, o catarinense Cavalheiro realizará um workshop onde abordará vários temas relacionados às competições e julgamentos de maneira simples e direcionada à juízes, atletas e público em geral. O evento será realizado sábado, dia 31 de maio no Imbituba Praia Hotel a partir das 20:30h, a entrada será um quilo de alimento não perecível. Os alimentos arrecadados serão doados pela ASI à uma entidade carente (a definir) de Imbituba.
O workshop será realizado pela Associação de Surf de Imbituba e conta com o apoio do Imbituba Praia Hotel e da Rádio Cidade - 103.7 fm.
Beda Batista
2B Surf

sexta-feira, maio 23, 2008

O surf é um esporte caro...

Uma onda dessas merece um simples toco de terceira mão? Ou é preciso uma pranchinha ideal para se dar bem? Foto: Fonte desconhecida.

Quanto custa o esporte?

Essa pergunta não sai da minha cabeça há muito tempo. Estive pensando muito sobre o assunto e gostaria de compartilhar alguns pontos que são relevantes para poder explicar.
No entanto, gostaria de voltar uns 20 anos no tempo e lembrar de como as coisas eram quando eu comecei a surfar. Algumas pessoas se identificarão imediatamente com os fatos que apontarei, outras, mais novas, certamente acharão graça e não terão a mínima idéia de como as coisas eram realmente.
Lembro da primeira prancha que comprei, ah como ela era linda, uma prancha da Litoral Sul, nas cores amarela e laranja. Comprada de um amigo já falecido com pagamento parcelado em algumas vezes através de um compromisso de fio de bigode, embora, eu nem tivesse ao menos sinal de bigode, pois tinha apenas 13 anos de idade. Aquela prancha era a “minha” prancha que estava pagando com o meu esforço e suor. Porém a bendita precisava de uns reparos e como eu estava fissurado para entrar na água, acabei emprestando do cunhado de outro amigo uma Surfline quebrada e remendada no meio e tão pesada quanto uma bigorna. Aquela Surfline pintada de um vermelho tosco, a fim de esconder o enorme remendo, foi a primeira experiência que tive dentro do esporte e foi nela que dropei os primeiros caixotes que quebravam na Castelinho e Araçá. Foi com esse mesmo toco que peguei a primeira parede da vida, também no Castelinho. Naquela época roupa de borracha era coisa para poucos felizardos ou abastados. No máximo uma lycra para espantar o frio causado pelo gélido vento sul no auge do inverno. E podem ter certeza, foi uma época feliz, em que curtíamos uma longa caminhada pelo caminho da granja para chegar à Praia do Porto e aproveitar aqueles finais de semana frios dos anos 80. Quantas caronas de carroça nós ganhamos e ficávamos radiantes? Apesar da demora do bichinho que a tracionava, era uma maneira de economizarmos algum trocado, energia para o surfe e para a longa volta para casa. Algumas vezes arriscávamos uma pernada até a Praia D’água a fim de conferir as ondas que víamos marchando lá fora. Geralmente pegávamos altas ondas com no máximo 05 ou 06 cabeças na água.
Para arriscar um banho na Ribanceira, aí só mesmo de monareta, caloi-cross ou barra circular (quem podia, podia) que era a “power bike” da época.
Resumindo, surfar para um garoto de 13 anos, em qualquer um dos picos acima, era uma verdadeira aventura, sem contar o frio de rachar taquara verde.
Mas foi através dessas vivências que pudemos dar valor às pequenas coisas que íamos adquirindo com muito esforço e sacrifício. Lembro da minha primeira roupa de borracha que comprei do Walter “Tate” Pacheco, um long jonh preto com amarelo, que mais parecia uma carga de algodão, depois de molhar parecia pesar uma tonelada. O zíper estava detonado e precisava usar uma segurança para fechá-lo. Eu ficava rezando para aparecer alguém quando estava entrando e saindo da água para poder abrir ou fechar a maldita segurança.

Surf Trip de 1980 à Praia do Rosa. Não era qualquer um que podia se dar ao luxo de uma barca dessas. Foto: Frame de um Super 8mm. Ângelo Possenti.

Hoje, olhando e relembrando essas pequenas coisas tenho certeza que tudo aquilo e todas aquelas roubadas em que nos metíamos valeram a pena e foram um ótimo alicerce para o espírito e para o caráter de todos que as vivenciaram.
Nesses 20 anos muita coisa mudou dentro do surfe. O esporte foi reconhecido e se expandiu pelos quatro cantos do Brasil e do mundo, mas os produtos surfwear, apesar da grande massa consumidora, continuam com preços que beiram o inacreditável, para padrões brasileiros. O que em muitos casos impossibilita às novas gerações de se aventurarem no surfe.
Senão vejamos:
Uma prancha nova não sai por menos de R$ 600,00 (seiscentos reais);
Uma capa para prancha custa no mínimo R$ 100,00 (cem reais);
Uma cordinha custa em torno de R$ 70,00;
Uma roupa de borracha (long jonh) custa no mínimo R$ 400,00.

Ou seja, se um garoto hoje quiser se iniciar no mundo do esporte deverá desembolsar, vamos arredondar para facilitar as coisas, a pequena bagatela de R$ 1.200,00 (hum mil e duzentos reais). E gostaria de ressaltar ainda, que isto é apenas para praticar o esporte. Se o garoto quiser se vestir com a moda surfwear pode preparar o bolso, pois a fatura será muito mais alta. Parece pouco? Pergunte a qualquer garoto de 14 ou 15 anos se ele dispõe dessa quantia para investir inicialmente em um esporte.

Quiver de responsa. Quantos garotos podem ter um desses? Foto: ASP Tostee/Covered Images.
Enquanto no futebol qualquer moleque pode iniciar nos campos de várzea correndo descalço atrás de uma “pelota”, feita até de meias, no surfe a realidade é bem diferente. Claro, que há opções mais em conta, e dentro das inúmeras possibilidades, existem as pranchas e roupas de segunda mão. E essa, “infelizmente” é a realidade Brasileira. Começar com produtos de segunda ou terceira mãos.
Para mim a impressão que dá é que o mercado surfe brasileiro está trilhando um caminho contrário na busca do desenvolvimento de base, elitizando os praticantes através de preços que a grande maioria da população não pode pagar. A diversidade de marcas e produtos ao invés de baixar os preços nivelou-o por cima. Enquanto isso, na Austrália, que vive outra realidade econômica, a molecada continua praticando desde a infância o esporte número um do país, o surfe. E os preços estão dentro da real possibilidade de compra dos iniciantes, sem produtos de segunda ou terceira.
Enquanto isso, para nós, “canarinhos”, o surf é um esporte caro.
Aloha,

Beda Batista
2BSurf

quarta-feira, maio 14, 2008

É aí que mora o perigo...

Paulo Gracindo foi o melhor intérprete da classe política com o seu imortal "Odorico Paraguaçú". Foto: Reprodução.


Desde moleque sempre fui vidrado pelo surf. Lembro claramente de um dia de sol radiante, eu tinha uns 5 ou 6 anos de idade, mais ou menos, e meu pai me levou à praia. Meu pai não era muito de praia, acredito que por ser marinheiro ele não tinha muito saco pra andar na beira da praia. Mas, sempre que eu e minhas irmãs pedíamos ele nos levava. Eu, pelo contrário adorava o mar. Naquele dia a água era transparente, de um verde esmeralda lindo. No canto da Praia da Vila, eu mergulhava e nadava com alguns amigos. De repente vi um objeto que nunca tinha percebido no mar. Ela veio em minha direção deslizando sobre uma onda até a beira da praia. Não sabia bem o que era aquilo, mas fiquei impressionado com a visão. Era uma prancha verde, com as bordas amarelas. Fiquei vidrado nela. Peguei a prancha meio sem saber o que fazer. A poucos metros dali um galego cabeludo vinha nadando atrás da prancha. Quando levantou entreguei a prancha ao cabeludo e ele deu um sorriso, agradecendo em seguida. Dois anos depois conheci pessoalmente o cara, era o Cacá, um dos melhores surfistas que Imbituba já teve e é o falecido pai do Jatyr Berasaluce, outro ótimo surfista Imbitubense, que atualmente está quebrando no circuito europeu.
Jatyr Berasaluce entocado nas Maldivas. Semente do saudoso Cacá. Foto: Juan Fernández.
Daquele dia em diante passei a observar o movimento dos cabeludos dentro d'água, coisa que não percebia anteriormente. Naquela época não havia compromisso com nada, além de deslizar sobre as ondas. Somente 6 anos depois fui oficialmente apresentado ao surf. Com pranchas de isopor de alguns amigos, comecei a dar as minhas primeiras braçadas. A minha primeira prancha, que comprei com as minhas economias laborais - por ser de família humilde comecei a trabalhar aos oito anos e ao contrário do que hoje prega o direito da criança e do adolescente, não precisei parar de estudar, nem tampouco larguei os estudos, pelo contrário desde cedo tive a consciência do valor de cada coisa adquirida com suor do meu esforço - foi adquirida no verão de 1988. Era uma Litoral Sul, feita pelo Mézo, surfista e shaper de Imbituba, nas cores amarela e laranja. Era o meu sonho que se materializava. Antes disso já devorava tudo o que dissesse respeito ao surf. Revistas, encartes, fotos, adesivos (quem não tinha adesivos no vidro do quarto estava completamente por fora do movimento). Dessa forma, devorava tudo o que estivesse ligado ao surf. De lá para cá se passaram vinte anos, desde a minha primeira parede surfada no Castelinho, com uma surfline quebrada no meio e pintada de um vermelho tosco. Ninguém viu essa onda, eu estava sozinho na praia e a minha frustração foi tamanha. Afinal, até aquele dia eu dropava reto os caixotões do Castelinho e da Pedra Ferro. Mas, a felicidade foi tão grande em fazer a minha primeira parede que a frustração passou no caminho de casa. A partir daquele dia, me senti um surfista de verdade, no alto dos meus “treze anos”. E aquele espírito descompromissado de outrora ainda permeava o sonho de qualquer garoto, inclusive o meu.

Muita coisa aconteceu nesses vinte anos, não apenas na minha vida. Estudos, carreira, família, obrigações do dia-a-dia que o fazem esquecer até dos sonhos de moleque. Mas, dentro d'água nada disso importa, é só você e a prancha sintonizados com o mar. Não há meio termo, ou você está ligado naquele exato momento do "take off" que descortina um leque infinito de oportunidades, imaginação e curtição ou vai ficar boiando o banho todo.
O surf como um todo também sofreu mutações que podem ser atribuídas ao tempo e à tenra maturidade alcançada. O surf esporte que era tão marginalizado está atualmente nas revistas não especializadas, nos jornais, na televisão e na mídia em geral, sendo apresentado como um esporte saudável e, conseqüentemente praticado por cada vez mais pessoas de outros meios.
Ainda falta muito para o surf alcançar o status ideal, tanto como esporte, como meio de sobrevivência para os atletas, treinadores, árbitros de surf, enfim o pessoal que está diretamente ligado ao esporte. Mas, acredito que já enterramos parte daquele velho estigma de esporte de drogados e alienados. Já temos posições bem definidas sobre o que queremos. Muito embora, não tenhamos ainda nos unido de forma convincente para coibir inúmeras barbáries realizadas contra o meio-ambiente, especificamente, no que diz respeito ao ambiente marinho, no qual passamos a maior parte do tempo em busca da onda perfeita.
A sociedade parece que acordou e conseguiu visualizar a qualidade de vida que está ligada ao surf e o movimento financeiro que o surf pode realizar, seja através do turismo, da realização de eventos, e, principalmente, da indústria ligada ao esporte.
Já “somos” uma classe pensante (?) e em ano de eleição é bom ficarmos ligados nas “promessas salvadoras” de um futuro melhor apresentadas por pregos que aparecem nas praias, sujando de areia seus sapatos lustrados e molhando as barras das calças com água salgada. Os Odoricos Paraguaçús rondam também as praias, fazendo promessas como aquelas proferidas pelo prefeito de Sucupira.
É aí que mora o perigo...
aloha,
Beda Batista
2B Surf

sexta-feira, maio 09, 2008

Quebranbo a cabeça...

Malik Joyeaux num "imenso salão quebra crânio", em Teahupoo, Tahiti. Foto: XXL Billabong 2004.

Enquanto lá no Tahiti Mr. Slater e os top 44 esperam o swell para entrar na água, disputando o Billabong Pro Tahiti 2008, válido pela terceira etapa do circuito mundial, na temida bancada de Teahupoo - ou "Pico dos Crânios Quebrados" - por aqui a galera "quebra a cabeça" para saber se vai poder surfar.

Pois é, começou no último dia 1º e se estende até o dia 15 de julho a safra da Tainha.

Como todos os anos ocorriam, desde que os surfistas começaram a aparecer em número cada vez maior nas praias do litoral Sul Brasileiro, briga entre pescadores e surfistas, com diversas histórias surreais de verdadeiras praças, ou melhor, "praias de guerra", a FECASURF - Federação Catarinense de Surf resolveu desde o ano 2002 seguir o exemplo implantado em Imbituba em meados dos anos 90 e instituir o sistema de bandeiras.
O sistema de bandeiras garante tranquilidade para pescadores e surfistas no litoral catarinense. Foto: Beda Batista/2B Surf.

Dessa forma, ocorreu uma padronização nas praias catarinenses, respeitando o período de pesca desse peixe maravilhoso, que a maioria dos surfistas também gosta de saborear, na qual é utilizada bandeiras de duas cores. Branca e Azul. Quando você chegar em algum pico Catarinense e ver altas ondas rolando e ninguém na água, desconfie. Provavelmente estará hasteada a bandeira BRANCA, você não deve entrar na água ou converse antes com os pescadores locais para verificar se há a possibilidade de mudar a bandeira.

A bandeira AZUL indica surf livre, ou seja, está liberado para você cair na água e fazer a cabeça.

A ASI - Associação de Surf de Imbituba vêm utilizando o sistema de bandeiras na Praia da Vila há mais de 15 anos e desde a sua implantação o resultado foi o melhor possível. Contudo, na Praia da Vila, as cores são diferentes das utilizadas pela FECASURF. A Bandeira BRANCA indica SURF LIVRE. Enquanto a Bandeira VERMELHA indica NÃO SURF. Fique ligado para respeitar os pescadores e evitar problemas.
Você já viu muitas barcas de surf. Essa é a verdadeira barca da pesca. Foto: Beda Batista/2B Surf.
Lógico que sempre há o pessoal do contra, mas como diz aquele velho ditado do meio surfístico: "Respeite para ser respeitado".

E cá entre nós, depois de um bom surf, nada melhor do que reunir os amigos e fazer aquela Tainha escalada na brasa. Fala Sério...
Aloha,
Beda Batista
2B Surf

terça-feira, maio 06, 2008

Punk Rock da Zimba...

Nada melhor do que um bom rock'n'roll para pôr fogo na galera a caminho do surf.

A banda Tapa na Colméia que está com o primeiro trabalho saindo do forno, acaba de divulgar o primeiro vídeo independente. Essa galera do vídeo acima é nativa da Zimba e faz um punk rock irado e descontraído. A sonoridade lembra o Ramones, não por acaso. Gene Rocker vocalista da banda é aficcionado pelo estilo musical e um dos melhores intérpretes da banda. Quem assistiu aos shows da antiga "Chute No Formigueiro" sabe do que estou falando.

Na guitarra um cara que ataca em várias frentes. Ângelo Possenti é surfista, filmaker, além de guitarrista. Possenti é outro aficcionado por rock e manda ver nos acordes. Foi fundador da extinta "Amostra Grátis", que tempos depois se transformou em "Amostra" e mais tarde passou a se chamar "Fishmen". A Fishmen circulou pelo cenário alternativo do sul do Brasil na década de 90 e foi matéria de várias revistas de surf. Em 1994 a banda abriu a temporada do WQS, fazendo show na entrega da premiação da ABRASP, no IAC - Imbituba Atletico Clube.

O baterista é um dos melhores do sul do país, sem falsa modéstia. Fabrício "Beca" (outro fundador da "Amostra Grátis" e da "Fishmen") já tocou em diversas bandas, já gravou com diversos músicos e continua na ativa quebrando tudo na batera.

O 2BSurf utilizando a interatividade, aproveitou o que o Ângelo frisou nos comentários do post: "Quero apenas acrescentar que o grande mentor musical deste projeto chama-se Edir Goulart(Lazarone/Guimbrothers), excelente músico, que apesar de novo, demonstra uma maturidade peculiar, dominando vários instrumentos, e uma queda incrível pelo Rock'n Roll, e do ótimo baixista Mário Sérgio, que ainda por cima quebra tudo nas artes gráficas dos trabalhos da banda. Acho que agora vai..., grande abraço! Angelo Possenti".

Não preciso dizer mais nada não é? Ouça no volume máximo...

É, a Zimba não tem apenas boas ondas, tem também boas bandas e músicos.

Aloha,

Beda Batista

Altas ondas...

A Vila quebrou de gala nas últimas semanas. Galera local fazendo a cabeça. Foto: Cida Barcelos.

Depois de duas semanas de altas ondas, com direito a terremotos (que já rolam no Brasil há tempos, mas ninguém divulgava) e ciclone que rolou no último fim-de-semana aqui no sul do estado causando uma série de prejuízos em várias cidades, a galera que caminha sobre as ondas está até curtida de tanta água salgada.

Beda Batista aumentando a sua cota pessoal de felicidade. Foto: Cida Barcelos.

Realmente Netuno foi generoso nesses últimos quinze dias. Rolaram ondas por todo o litoral Catarinense e Brasileiro. Em Santa Catarina o que não faltou foi relato de ondas rolando de Norte a Sul. Da prainha à Vila, altas ondas foram surfadas, fotografadas e filmadas. Tem neguinho achando que o Hawaii é aqui. E se não é, tivemos uma pequena amostra de como é o dia-a-dia quando rolam as ondas de verdade. Quando o outside fica menos crowd e as gunzeiras saem da capa. Quando a galera das antigas cai na água e mostra o porquê da fama dos locais da Praia da Vila ir tão longe. Quando o simples fato de dropar uma onda da série sem se preocupar com tempo, sirenes ou notas é suficiente para te deixar com um sorriso de orelha a orelha estampado por alguns dias.
Katz Sullyvan botando pra baixo na Vilinha. Foto: Cida Barcelos.

Quando o mar sobe é que o bicho pega de verdade, e nesses dias, alguns entram na água e outros apenas observam. Respeitar o seu limite individual é saudável e pode poupar algumas dores de cabeça. Mas dropar a rainha do dia, completar o drop, fazer a linha da onda até o final e sair caminhando com a certeza da missão cumprida, realmente, NÃO TEM PREÇO.

Aloha,

Beda Batista
2B Surf