segunda-feira, outubro 22, 2007

Potência do surf?

Melhor surfista do Brasil em 2007!
Silvana Lima, em ação na Austrália, ocupa a 2ª posição no circuito mundial. Foto: ASP Robertson / Covered Images.


O ano de 2007 não têm sido um bom ano para os atletas brasileiros que disputam o WQS - World Qualifying Series, segunda divisão do surf mundial, e o WCT - World Championship Tour, elite mundial.
Embora ainda restem algumas etapas importantes, o 6 estrelas Onbongo Pro, em Ubatuba (SP), que inicia amanhã e dois eventos 6 estrelas Prime no Hawaii, o Reef e o O'Neill, em Haleiwa e Sunset, respectivamente, que acontecem em Novembro, é quase certo que este ano será um dos piores para os surfistas brasileiros na escalada de vagas rumo ao WCT. Por enquanto estão figurando entre os 15 surfistas que sobem à 1ª divisão da ASP, apenas 03 surfistas: O gaúcho Rodrigo Dornelles ocupa a 5ª posição, o paranaense, bicampeão brasileiro, Jihad Khodr ocupa a 7ª posição no WQS, enquanto o cearense Heitor Alves vêm se garantindo com a 12ª colocação.
O catarinense Neco Padaratz que vêm fazendo uma das piores temporadas na sua carreira no WCT ocupa o 19º lugar no WQS e pode ficar de fora do circuito ano que vêm caso não se dê bem nas duas próximas etapas do WCT e não se classifique pelo circuito de acesso, o WQS.
No WCT Rodrigo Dornelles e Adriano de Souza, que têm no cômputo geral de resultados as mesmas colocações durante o ano, ocupam a 23ª posição no ranking e são os únicos brasucas que por enquanto estão se classificando pelo circuito principal que garante apenas 27 atletas para o ano seguinte. O próximo brasuca a figurar próximo da zona de classificação é Bernardo Pigmeu, ocupando a 29ª cadeira da elite. A etapa do WCT Brasil 2007, o Hang Loose Santa Catarina PRO, que se inicia no próximo dia 30, em Imbituba (SC), vai ser decisivo para a definição de vagas dos brasileiros no circuito mundial, visto que, no Hawaii nosso histórico não é dos melhores.


Mas nem tudo está perdido, pelo menos as meninas estão fazendo bonito e embora não tenham por parte da mídia a mesma valorização e espaço destinado aos marmanjos, vêm fazendo frente às favoritas do ano. A catarinense Jacqueline Silva, que já foi vice-campeã mundial, lidera o ranking do WQS com mais de 1.400 pontos de vantagem sobre a segunda colocada, enquanto a cearense Silvana Lima ocupa a quinta posição no mesmo ranking.
Já no WCT, Silvana Lima chegou ao pódio nas últimas três etapas do circuito e vêm mostrando o porquê de estar entre as melhores do mundo, com um surf forte, uma ótima leitura de onda e uma incrível variação de manobras. Faltando ainda 3 etapas para o encerramento do circuito feminino, a cearense ocupa a segunda posição do ranking, enquanto Jacqueline Silva figura como a 11ª surfista no ranking.


Fica aqui alguns questionamentos. Podemos nos considerar uma potência do surf mundial? Se podemos, o que realmente está faltando para transformarmos isso em resultados? Será que não está na hora de investirmos forte no surf feminino?

Beda Batista
2B Surf

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