Autêntica caranga do surf. Kombi/Casa pronta para qualquer aventura. Foto: Beda Batista/2B Surf.
Seria alucinante, não é mesmo?
Pois é, eu sei e tive pensamento idêntico!
Os canadenses Scott e Violeta Thumlert embarcaram na viagem dos sonhos. Foto: Beda Batista/2B Surf.
Eu os conheci na Praia da Vila, num fim-de-tarde. Uma Kombi amarela com placas do Chile me chamou atenção e puxei conversa com o casal. Embora a conversa seja um misto de Português (que eles aprenderam rápido, por sinal), Espanhol e Inglês nos entendemos perfeitamente bem. Surfamos juntos num fim-de-tarde de boas ondas na Vila. Depois do banho, os convidei para se hospedarem na minha casa e tomarem um bom banho quente. Imaginem, só banho de chuveirão na praia, ninguém é de ferro, né? Eles ficaram surpresos, mas aceitaram o convite. Jantamos, assistimos alguns vídeos de surf. Os presenteei com cartazes do WCT Brasil 2006 e 2007 além de um Surf Guia, publicado pelo Máurio Borges e pelo Basílio Bosquê Ruy, que certamente será uma mão na roda para eles que vão viajar ainda um bocado pela Terra Brasilis. minhas filhas ficaram amarradonas com a visita do casal e arranharam algumas palavras em inglês. Foi divertido e parece que eles curtiram também.
Beda, Scott, Luísa e Violeta relaxando depois do surf. Foto: Simone Batista/2B Surf.
Mas o que me fez escrever esse texto foi o simples fato de lembrar que estamos perdendo alguns dos maiores valores que o surf oferece. A camaradagem, a cordialidade, a gentileza e principalmente, a receptividade. Se continuarmos assim, seremos apenas uma tribo de trogloditas. Já ouvi de vários surfistas que são hoje meus camaradas, que não é comum você ser bem recebido em picos em que você não é conhecido. Mas se você que é local, não souber ser receptivo, como irá conhecer novas pessoas, culturas e adquirir um pouco mais de conhecimento de vida. Pense nisso.