terça-feira, janeiro 15, 2008

Poucas e boas do WCT Brasil...

Pelo quinto ano consecutivo acompanho de perto o WCT Brasil. Nas três primeiras edições catarinenses atuei apenas na cobertura e nos dois últimos anos além de fazer a cobertura, para alguns veículos de comunicação, participei junto à ASI - Associação de Surf de Imbituba, na organização do evento.
A festa que acontece durante esses eventos é incrível e a tietagem nos bastidores e arredores é algo quase inacreditável. Tem modelos querendo algo mais além de uma foto, tem pseudo-jornalistas querendo mais que furo de reportagem, tem atletas querendo mais do que competir e também tem staff querendo aparecer mais que competidor. Enfim, é uma verdadeira babilônia esportiva estremecendo as estruturas do cotidiano dos meros mortais.
Anotei algumas das "pagações" que captei durante o Hang Loose Santa Catarina Pro e deixei baixar a poeira do evento para poder publicá-las. Algumas dessas, como dizia uma propaganda de cartão de crédito, "não tem preço".

Dean Morrison com fome

Dean Morrison com fome, literalmente, foi barrado no restaurante. Foto: ASP Cestari/Covered Images.

Uma das situações mais embaraçosas para qualquer mortal é ser barrado, em qualquer lugar que seja. Pois é, aqui no Brasil teve atleta que não apenas foi barrado, mas também ficou sem entender o porquê. Estava na fila do restaurante, montado para o staff do evento, aguardando a minha vez da bóia. Na minha frente estava o baixinho aussie Dean Morrison, que ao chegar na porta foi barrado. Além de estar com o ticket de café-da-manhã, ao invés de almoço, seu nome não estava na lista. Ou seja, não tinha rango pro baixinho. Achei estranha a situação, mas não sou eu quem decide isto e o atleta foi embora com a maior cara de fome. O estranho é que no dia seguinte ví vários atletas almoçando numa boa. Inclusive o cara que barrou o Morrison, liberou uma galera para almoçar. Moral da história: 2 pesos, 2 medidas.

I don't speak English
Para mim esse papo terceiro mundista de que os caras que vêm de fora tem que aprender a falar português é a sentença de que estamos muito atrasados. Claro, que não é obrigação nenhuma termos que falar o idioma "deles", mas daí a acharmos que aprender um outro idioma e poder pô-lo em prática durante um evento internacional é uma alternativa que não nos cabe, é pura burrice mesmo. Somos um país atrativo e turístico por natureza. Em algumas áreas tecnológicas somos potência mundial. Claro que falta investimentos públicos na maioria das coisas, mas a garra do povo brasileiro aliada à força de vontade vencer faz dos "tupiniquins" um dos maiores empreendedores do mundo segundo a OMC - Organização Mundial do Comércio. Então quer dizer que nos adaptamos às realidades impostas e nos viramos com o que temos. Na minha opinião se você tem um pensamento como o descrito acima, você deixa de crescer pessoalmente por não achar cabível ter que falar inglês, esperanto, ou mandarim enquanto nossa língua é o português.
O pior disso tudo é que quem disse isso - "Eu não tenho que falar inglês, "eles" é que tem que falar português..." - foi um dos atuais manda-chuvas da Federação.

"Go Kelly"

Kelly Slater logo após o incentivo que ninguém entendeu. Foto: Beda Batista/2B Surf.

Essa foi uma das melhores. Kelly Slater acabara de sair de uma bateria com cara de poucos amigos. Deu um banho na hidromassagem destinada aos atletas e saiu. Depois retornou com outro semblante, como se fosse outra pessoa. Desceu à praia ficou quase uma hora dando autógrafos e fazendo fotos com os fãs e subiu novamente à área de imprensa. Fez mais fotos com jornalistas e alguns "credenciados". Nesse momento, do nada, um surf-repórter gaúcho com nome de fruta e àquele famoso e conhecido super-ego grita: "Go Kelly". Todo mundo que estava no local se entreolhou e ninguém entendeu nada, muito menos Mr. Slater que deu o sorriso mais amarelo do mundo. O pagador de mico ficou com a maior cara de pastel e saiu de fininho.


Modelo à vista

A modelo circulou com vontade pelos bastidores. Foto: Beda Batista/2b Surf.

O que tinha de modelo circulando pelos bastidores, não estava no gibi. Tinha loiras, morenas e ruivas. De todas as formas, altas, baixas, medianas, magras e com curvas mais acentuadas, enfim tinha de tudo, só não tinha mulheres feias. Bem, se tinha não apareciam. Tinha uma loira, esposa de um conhecido shaper, que se destacava pelo micro fio-dental e pelo pouco pano da mini-saia. Os fotógrafos se esbaldaram, ela foi motivo de muitas fotos, certamente. Mas essa aí da foto, escancarou. Apareceu todos os dias com um fantoche cabeludo e queria a todo custo estar próximo dos tops. Dizem as más línguas que fez final e tudo.

Coisas do WCT...

Beda Batista
2B Surf


6 comentários:

Maurio Borges disse...

Ih, Rapazzzz... Me disseram que viram a loirona "dar" para o Kelinho num papelzinho amassado pra lá de rasgado, com alguns números em sequencia. Dizem que era o numero do celular!!! O que dizem eu não afirmo...

Daí prego, tô te esperando no CIC nessa quinta-feira. Váis amarelá?

Beda Batista disse...

Daí Máurio, beleza?
Pois é, se não era o celular era palpite pro jogo do bicho....rs....
Cara dessa vez não vai dar, fica pra próxima!!!

abração,

Beda.

Giovanni Mancuso disse...

Beda, muito bom o relato sobre o backstage do WCT Brasil. Sobre o gaúcho com nome de fruta, fazer o quê, trata-se de mais um para-quedista no nosso meio.
Só uma correção: o Dean Morrison na verdade é autraliano, local de Coolangata, pertencente ao (trio) que ficou conhecido como "The Cooly kids" - Mick Fanning, Joel Parkinson e Dean Morrison.
Abraços,
GM

Anônimo disse...

Ainda sobre o surf reporter gaucho com nome de fruta (só o nome?), quem ouvia ele falar no rádio, pensa que o cara é dono da Praia do Rosa. Ainda bem que o cara saiu da dita emissora, que aliás, tá uma bosta.

Beda Batista disse...

Valeu Mancuso, obrigado pelos comentários.
Realmente comi mosca, já corrigi.

abraço,

Beda.

Anônimo disse...

Essas minas são um bando de vagabunda mesmo..............cansei de ver na época que o wct era no Rio as danadas se hospedando no mesmo apart hotel dos gringos só pra terem certeza que conseguiriam uma "audiência especial" no quarto dos gringos lógico.
Mas é isso aí..........já virou cultura das brasileiras fazer "hora extra" com a gringalhada.

Rodrigo rj.