sábado, agosto 22, 2009

"Lenda do Cabeleira"

Hoje, 22 de agosto, comemora-se no Brasil o Dia do Folclore. A data foi criada em 1965 através de um decreto federal. Folclore é o conjunto de todas as tradições, lendas e crenças de um país. O folclore pode ser percebido na alimentação, linguagem, artesanato, religiosidade e vestimentas de uma nação. Segundo a Carta do Folclore Brasileiro, aprovada pelo I Congresso Brasileiro de Folclore em 1951, "constituem fato folclórico as maneiras de pensar, sentir e agir de um povo, preservadas pela tradição popular, ou pela imitação".

O folclore é o modo que um povo tem para compreender o mundo em que vive. Conhecendo o folclore de um país, podemos compreender o seu povo. E assim conhecemos, ao mesmo tempo, parte de sua História. Mas, para que um certo costume seja realmente considerado folclore é preciso que este seja praticado por um grande número de pessoas e que também tenha origem anônima.

A palavra FOLCLORE surgiu a partir de dois vocábulos saxônicos antigos. "Folk", em inglês, significa "povo". E "lore", conhecimento. Assim, folk + lore (folklore) quer dizer ''conhecimento popular''. O termo foi criado por William John Thomas (1803-1885), um pesquisador da cultura européia que, em 22 de agosto de 1846, publicou um artigo intitulado "Folk-lore". No Brasil, após a reforma ortográfica de 1934, que eliminou a letra k, a palavra perdeu também o hífen e tornou-se "folclore".


Para destacar uma lenda folclórica nativa apresento à vocês a "LENDA DO CABELEIRA".



"No penhascoso costão da enseada de Imbituba existe uma tenebrosa lapa a que dão o nome de "Buraco da Cobra". Ali. - segundo diziam os antigos — se aninhava enorme e horrível serpente, dotada de farta cabeleira e que, à noite, fazia grandes estragos na criação das redondezas. No tempo em que existia naquele porto uma Armação de Baleias, havia um negro, empregado nela, que aos domingos e dias santos fugia de ouvir a missa para meter-se naquela furna e ali entreter-se em pentear e fazer tramas na cabeleira do apavorante monstro. Apontavam-no como feiticeiro e ter partes com o demônio, mascarado naquela horrenda e temível cobra. Um belo dia o negro e serpente desapareceram sem deixar vestígios."
Beda Batista
2B SURF

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